A fachada renovada do edifício convencional é voluntariamente discreta. Os toldos e as barras negras rigorosas não revelam nada. Apenas a luz ténue se filtra por detrás das cortinas e encanta. Atrevemo-nos a entrar.
O átrio poderia ser o de um palácio, ao mesmo tempo requintado e intimista, com os seus tetos dourados a folha.
O padrão de leopardo chama a atenção ao primeiro olhar, estendendo-se pelos degraus de uma escada estreita que conduz às vinte e cinco quartos, nem mais um.
Pressente-se que aqui a experiência única do luxo não será tão clássica.
Um verdadeiro refúgio, o oposto de um design ou de um átrio de estação de comboios minimalista e impessoal:
“Françoise Sagan, Jacques Chazot, Alexis de Rédé, Dani, Roman Polanski, Jean-Paul Aron, Yves Saint-Laurent, Bernard Buffet, Pierre Bénichou, Frédéric Botton, Edouard Baer… todos estes entusiastas do tempo extra compreenderam que ELE estava a chegar. As cabeças voltam-se para a porta, como girassóis em uníssono. Um metro e noventa de alegria pára no meio da sala; Gérald Nanty chegou a sua casa.” – Bel de Nuit, Gérald Nanty, Elizabeth Quin, Grasset, 2007.
Quando abre em 1996, mostra deliberadamente o seu desprezo pelas tendências, o vistoso, o espetáculo. Recebe criadores de todos os tipos, escritores, actores e actrizes, homens de letras e políticos, longe dos paparazzi.
Gérald Nanty teve a intuição deste ponto de encontro singular, onde se pode refugiar em vez de se exibir, e fazer verdadeiros encontros. A alquimia está hoje intacta. Como um filtro malicioso, capta e cativa sem impor nada. Livremente seletivo, o Mathis tornou-se, sem aparecer, a inveja de hoje. A aposta de uma certa Paris. A porta do elevador fecha-se.
Sem domótica, sem design ostentoso, o Mathis cultiva um espírito caseiro e mantém uma relação privilegiada com os seus residentes, oferecendo um serviço personalizado de luxo, discreto e simpático.
Direção, serviço de quartos, receção 24h/24, a equipa confidencial e leal, quer mimar os seus hóspedes e antecipar as suas necessidades. A experiência hoteleira transforma-se em sequências de vida personalizadas. Para todos os viajantes em busca de privacidade e liberdade, aproveitamos os momentos escolhidos. Abrigado.
Ponto de viragem entre dois mundos, a escuridão profunda das passagens dá lugar a uma atmosfera mais aveludada nos espaços privados. Os Mathis não esperaram para misturar géneros. Nos quartos, onde o tumulto da cidade nunca penetra, a doçura exprime-se em claro-escuro. O chão de madeira clara ou preta, consoante a divisão, aquece o ambiente. Os papéis de parede com motivos de palmeiras e pássaros equilibram-se com cortinados de framboesa e creme a cinzento-prateado de textura uniforme. O mobiliário de qualidade, os espelhos barrocos, destacam as suites. Os objectos escolhidos, preciosos ou não, poderiam ser de família, sem dúvida, é por isso que gostaríamos de ficar sempre no Mathis, porque nos sentimos em casa. As camas King Size são enroladas com cabeceiras generosas, edredões e almofadas que convidam à preguiça. O dourado antigo não se sobrepõe, apenas proporciona ondas positivas e carinhosas.